O olhar da morte; enfermeira compartilha 6 fenômenos perturbadores que acontecem com pacientes terminais

A enfermeira de cuidados paliativos compartilha os seis fenômenos perturbadores que acontecem com pacientes à beira da morte.

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Julie McFadden, enfermeira de cuidados paliativos, costuma revelar em suas redes socias fenômenos que acontecem com pessoas que estão no fim da vida e, em um de seus últimos vídeos no YouTube, ela conta seis comportamentos inimagináveis que já presenciou em seus pacientes terminais. A postagem já foi vista por quase meio milhão de pessoas.

“A morte e o morrer não precisam ser assustadores, também podem ser fascinantes”, explica ela; “Existem muitos fenômenos no leito de morte e eu já vi todos eles”. McFadden conta que só começou a perceber esses comportamentos de pacientes em seus leitos de morte, até começar a trabalhar com cuidados paliativos e compartilha em seu vídeo quais são eles.

Lucidez

A enfermeira explica que pouco antes da morte, os pacientes ficam lúcidos e experimentam uma espécie de “explosão de energia”. “Apenas aproveite e espere porque talvez eles morram logo depois, é a lucidez terminal, as pessoas parecem estar prestes a morrer e de repente têm uma explosão de energia”, diz ela.

“Eles talvez tenham um dia realmente ótimo, de repente ficam com fome, conseguem andar, ficam muito alertas e, geralmente, um ou dois dias depois, eles morrem. Pode ser a parte mais difícil se você não estiver pronto para isso, pode pensar que eles estão melhorando e então morrem, o que pode ser muito devastador”.

Visões

Segundo McFadden, é comum pacientes terem visões algumas semanas antes de falecerem: “Já vi tanta gente… ter delírio, ter alucinações, psicose na UTI”; “Geralmente acontece algumas semanas antes da morte”.

Estas visões de fim de vida são diferentes das alucinações causadas por psicose ou delírio, pois são, de acordo com a enfermeira: “sempre reconfortantes e a pessoa costuma estar alerta e orientada”. O paciente pode, como  ela explica: “estar acordado e tendo uma conversa normal e dizer que está vendo o pai morto parado no canto, sorrindo e dizendo que logo virá buscá-lo”.

Escolhendo a hora da morte

Para McFadden, um dos fenômenos mais impressionantes, que ocorre com pacientes terminais, é que alguns conseguem prever com exatidão quando vão partir: “é realmente uma loucura, as pessoas escolhem quando vão morrer. Já vi alguns casos extremos disso, pessoas dizendo: ‘Esta noite é quando vou morrer, eu sei, posso sentir'”, conta ela.

A enfermeira explica que algumas pessoas esperam pela família, outras, mais reservadas, preferem estar sozinhas e, alguns pacientes esperam passar uma data importante, como um aniversário de casamento: “Eles realmente se mantêm vivos porque querem chegar a essa data e então seu corpo finalmente se libertará”.

Dar a mão para a morte

O paciente parece querer dar a mão para a morte: “É quando a pessoa está deitada na cama e levanta a mão no ar como se estivesse vendo alguém ou procurando alguém para abraçá-la ou apertar sua mão. Muitas vezes eles ficam com as mãos levantadas por muito tempo”, diz ela. 

O olhar da morte

A enfermeira explica que esse fenômeno geralmente vem acompanhado de visões: “Geralmente parece que o paciente está olhando para o canto ou para a lateral do quarto, basicamente olhando para algo atentamente. Ela revela que esse comportamento é “muito, muito normal” e muitas vezes as pessoas ficam com um sorriso no rosto. 

Experiência de ‘morte compartilhada’

Para McFadden, esse fenômeno é o mais impactante que ela já presenciou: “Uma experiência de morte compartilhada ocorre quando alguém que não está morrendo sente, vê ou entende o que está acontecendo com a pessoa que está partindo. “É como se a pessoa que está morrendo transmitisse a sensação do que ela está passando”.

“Pelo que experimentei, foi um sentimento muito bom. Era como se a pessoa estivesse me dando uma sensação de liberdade e alegria e meio que me dizendo que estava bem. Na época, fiquei chocada, não sabia o que estava acontecendo, mas descobri que isso se chama experiência de morte compartilhada”.

 

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